Vamos tocar a letra!!! Aqui você encontra notas sobre ritmos variados, letras, agenda de shows, dicas de lugares para curtir um som ao vivo. Informações musicais de todo tipo do vinil ao MP3. Na foto: Performance de Arnaldo Antunes na Universidade Federal de Minas Gerais por Brenda Mars.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Ram lança álbum de estréia Orange Orgio Orbis
O show de lançamento do álbum será no dia 1º de novembro, terça, na sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes, às 20h. Orange Orgio Orbis estará disponível pra download ainda essa semana e trará 13 faixas na versão virtual, duas a menos que no formato físico. O disco é resultado de quatro anos de composição do grupo de Belo Horizonte, que entre shows pelo circuito independente do Estado, já lançou dois vídeo clips.
O vocalista da banda, Paim, conta um pouco das orgias dessa órbita que levou ao primeiro trabalho do Ram. Formado na virada de 2007 pra 2008 por amigos sem nenhuma experiência profissional no mercado da música, o Ram se lançou de cara na cena local já com composições próprias. Se por um lado, as pessoas tinham dificuldade em definir o estilo da banda, pela ausência de covers, por outro, tal curiosidade prendia mais a atenção do público. Música pra quem pára para ouvir música Desse estilo, a inspiração no rock clássico salta aos olhos (e aos ouvidos): “Gosto de explorar esse elo que há entre a música negra (o soul, o blues, o gospel) e o country e folk dos brancos, que conduz ao rock e é um certo elemento onipresente na canção pop.
O que experimentamos em torno dessa linguagem que é o desafio”, conta o cantor, que cita nomes como Sly Stone, Stephen Stills e Steve Marriot como alguns dos compositores favoritos.Apesar das referências aos pioneiros, Paim prefere não rotular: “Costumo dizer que o Ram bebe de toda música popular e orgânica. Popular por que ainda que experimentemos e sejamos mais complexos vez em quando, queremos fazer da música uma experiência de relação entre nós e o ouvinte. Então, de certo ângulo, isso tem que ser claro, universal, digerível, popular. Orgânica porque ainda que usemos dos recursos técnicos possíveis, o fazemos ter sentido na mensagem expressa. O rock aparece aí como uma postura artística, de espontaneidade, feeling, liberdade. Daí, tudo o que é simples e visceral influencia a banda...” Tocar e trabalhar Entre shows e mais shows pela capital e Estado (esse ano o grupo esteve em eventos como BH Music Station e Conexão Vivo), o Ram vem promovendo ainda seus dois primeiros clips.
A folk Routine ganhou uma lúdica animação do percussionista da banda, Abacatu – vídeo que estabeleceu uma considerável carreira em mostras de cinema, tendo passado por dez festivais pelo país. Já em setembro, foi lançado do irreverente e nonsense clip de Sweet Golden Road, produzido pela 27frames. Paralelamente, o Ram se viu frente a necessidades comuns para uma banda independente: “Hoje não basta uma banda só tocar. Além de executarmos nós mesmos outras atividades em torno da música, da comunicação visual à produção dos nossos shows, vimos o quanto é importante se fazer presente nos debates da própria cadeia da qual fazemos parte.” Hoje a banda se gere e se relaciona com diversas instâncias do meio cultural independente.
O grupo é parceiro do estúdio de áudio Big Band; do movimento de bandas Outro Rock, do cineasta Jackson Abacatu, da agência áudio visual 27Frames e também dos artistas Ana Pedrosa e Raphael Rodrigues (responsáveis pelo projeto visual do disco) e Carou Araújo, integrantes do coletivo Fluxo. Eles mantém ainda diálogo com o circuito Fora do Eixo. “Isso estabelece um sentido mais amplo à idéia de banda, de ter uma postura flexível e múltipla, de discutir seu conceito em várias frentes.”, comenta o músico. Laranjeira prolífica Outra lição trazida diz respeito à parte interna da banda.
A dificuldade em contar com outros músicos em tempo integral fez com que a formação do Ram se transformasse em algo maior e variável, e sempre em prol da composição. Paim detalha: “Se uma música exige tal timbre ou instrumento convidamos alguém para aquilo. Ou simplesmente chamamos alguém involuntariamente pra experimentar e dali surge algo. Essa liberdade pode ser vista na espontaneidade dos shows da banda, em que os arranjos das canções são sempre variáveis e repletos de improvisos”. Três anos depois e Orange Orgio Orbis vem à luz contando com 12 músicos!
Ó álbum foi produzido pela própria no estúdio Big Band, em Santa Tereza, bairro de BH tradicionalmente musical. Paim explica essa forma pouco convencional em que o disco foi feito: “Não paramos pra concentrar num disco. As músicas foram gravadas aos poucos. Tocamos bastante, amadurecemos as canções ao vivo. Algumas mudaram completamente, as refizemos, outras deixamos com a energia do momento em que foram feitas”, conta Paim.
Treze desses frutos cuidadosamente plantados irão a público, essa semana, no site http://www.rrram.com/. O formato cd terá duas faixas como bônus e vem embalado numa bela capa, projeto de arte-objeto desenvolvido por Raphael Rodrigues e Ana Pedrosa, do coletivo de artes visuais Fluxo. Os dois assinam também o cenário do show.
Os ingressos começam a ser vendidos na bilheteria do Palácio das Artes a partir do dia 24, segunda. Para o lançamento, a banda ofereceu uma promoção especial: cada espectador garante, com a compra do ingresso, o seu exemplar do álbum.
O show terá vários convidados complementando o núcleo da banda, que além de Paim, conta com Betto Fernandes no violão e baixo, Edu Megale na guitarra, Victor Munhoz nos teclados e Léo Dias na bateria e percussão. Após BH, o grupo planeja mostrar sua orgia sonora em uma turnê pelo sudeste.
A diversidade musical presente em Orange Orgio Orbis tem outro motivo além da quantidade de instrumentistas envolvidos: o tempo de preparo. Paim conta como foi o processo, que durou cerca de dois anos: “Ao longo desse tempo fomos ouvindo outras coisas, sofrendo novas influências e experiências diferentes foram sendo feitas. Esse disco é, não só, um cartão de visita como todo primeiro disco, mas também um apanhado da fase inicial de uma banda em desenvolvimento.”
RAM LANÇA ORANGE ORGIO ORBIS
01/11/11, TERÇA, 20H
SALA JUVENAL DIAS, PALÁCIO DAS ARTES: AV. AFONSO PENA, 1537, CENTRO, BH.
INGRESSO + CD R$20 (inteira)/ R$10 (meia)WWW.rrram.com
para ouvir a banda RAM
http://www.youtube.com/watch?v=91DxkxFrutQ&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=0NQcKxKj61E&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=aoTe1KGWXTM
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