quinta-feira, 9 de junho de 2011

Black Soul Samba se rende ao carimbó


Neste mês de junho, a Black olha para o próprio umbigo e resolve homenagear o mais negro dos rítmos paraoaras, o Carimbó. Nesta sexta-feira, 10, a festa recebe orgulhosamente, o Som de Pau Ôco, o mais novo grupo de Carimbó de Belém, formado por músicos profissionais, professores, pesquisadores, compositores e alunos de música. Tudo à beira da baía do Guajará!

Em meio à campanha para “tornar” o Carimbó um patrimônio cultural brasileiro, o grupo desponta erguendo a bandeira da valorização e preservação desse ritmo, que é uma das mais antigas manifestações da cultura popular do Estado do Pará.

Muito além da simples retomada de um batuque, o Som de Pau Oco vivencia o Carimbó de uma maneira efetiva, que contagia a todos com sua atmosfera de poesia, alegria, amizade, e amor à natureza deste Estado. Mesmo num contexto mais urbano, o grupo endossa essa luta, destacando a importância do Carimbó de raiz como expressão cultural e intangível do Pará, seja no resgate dos grandes Mestres, seja na manutenção e divulgação desta arte popular, seja na propagação dessa arte para novas gerações.

O grupo Som de Pau Oco traz no nome a reverência ao tambor de madeira Curimbó, que em Tupi Guarani, quer dizer pau oco, pau escavado. Além desse instrumento, fazem parte da instrumentação do grupo o clarinete, o saxofone, o milheiro, o banjo, o tambor de onça, o reco-reco, as maracás e as matracas.

As composições do grupo ganham vida a partir dos temas do cotidiano e da inspiração dos batuques da infância. Porém, é nos ensaios de Carimbó que o repertório autoral cresce, ganha corpo, e, ao mesmo tempo, força quando misturado às canções dos grandes mestres: Cupijó, de Cametá; Lucindo, de Marapanim; Verequete, de Icoaraci; entre outros grandes nomes.

Seguindo uma linha de composição coloquial , espontânea, alegre e, por vezes, jocosa, as canções do Som de Pau Oco falam do cotidiano urbano, como também da diversidade temática presente nas histórias, casos e lendas da região Norte. “A sereia cantou”, por exemplo, de autoria de Edson Douglas e Renato Cardoso, é uma das composições mais empolgantes do grupo Som de Pau Oco.

Gostou? Tem mais. Além do carimbó, a festa também oferece Soul, Funk, Hiphop, Samba - Rock, Tropicalices, Reggae e Nu Jazz, tendo nas picapes, os DJs da Black Soul Samba, Eddie Pereira, Uirá Seidl, Fernando Wanzeller e Kauê Almeida.

Serviço
Black Soul Samba e Carimbó, nesta sexta-feira, 10, com ingresso custando R$ 5 até às 23h. Depois, é o dobro. No bar Palafita, ao lado do Píer das 11 Janelas – Cidade Velha.

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